domingo, 1 de agosto de 2010

antiquado.

O amor tá virando "peça de museu". A gente tem que ir num lugar específico pra encontrar, tipo colo de mãe ou abraço do avô. Não sei onde foram parar os significados.
Agora quem ama é piegas, atrasado, retrô e de vez em quando, quando alguém decide modernizá-lo com um toque de ménage e relacionamento aberto, ele se torna vintage.
Não sou pessimista, arrisco até a ser uma realista com esperança. Mas é difícil, ver que alguns valores tão importantes foram se perdendo. É tão fácil dar um cartão de aniversário dizendo "eu te amo" junto a camisa mais cara do shopping, se nas mínimas coisas isso se perde. Se no dia-a-dia você não recebe um "eu te amo" com qualquer flor de esquina, junto a um abraço apertado, ainda que esteja sem pentear o cabelo e fazer as unhas. Amar é isso. É olhar quando ninguém está vendo. É cuidar do outro como cuidamos de nós. As pessoas tornaram-se intolerantes, frias, despreocupadas. Também, com essa banalização toda, vamos dar essa colher de chá e dizer que anda tudo muito normal, até.
Não vou fazer uma dissertação sobre esse descaso todo, até porque imagino que não é tão difícil assim encontrar alguém que pense da mesma maneira e já tenha passado por uma situação que deixou transparecer o real gosto de nada que esses relacionamentos, tão profundos quanto um pires, conseguem deixar.
Eu só espero que as pessoas acordem pra vida e vejam que tipo de significado elas estão dando ao amor. Ao amar alguém, ao renunciar, estar perto, se doar, e lógico, receber em troca.
Mesmo com essa pieguice toda, eu descobri que sou retrô. Adoro velharias. Portanto, o amor continua sendo meu melhor sentimento, o mais usado, o mais gasto, o mais renovado, e claro, o mais renovador. Sempre!

#pratiquemos!

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